sábado, 15 de setembro de 2007

Punhal

Beberei deste sangue que
me escorre pelo peito
numa taça de cristal quebrada,
sobre o punhal de lamina afiada,
que corta a alma , que mata.

Resistirei à dor ,
fincarei mais ainda
para nunca esquecer o desamor.

Beberei deste sangue até a ultima gota
para nunca esquecer tua traição.
Saciando minha ira
carregarei este punhal no coração.

Punhal de muitas faces,
cortaste minha carne
sem piedade, sem compaixão,
sobressaltando do meu corpo
a cor vermelha espalhando-se pelo chão.

Lavarei minhas vestes brancas
neste sangue derramado
que tornar-se-á a mortalha
deste corpo dilacerado.

És punhal
em todos os teus atos.

Leni Martins

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

adorei este poema é muito sentimentalista mas ao mesmo tempo machuca e fere a mal de quem le. E conseguimos ver o sofrimento da pessoa de quem o escreve...5*****

21 de dezembro de 2008 às 14:14  
Blogger Natanael Gomes de Alencar disse...

Punhal belo em seu corte anímico. Dor esteticamente superada.

30 de maio de 2009 às 11:46  

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